
Apelo para assinar a petição pela liberdade da defensora dos direitos humanos na Venezuela, Martha Lía Grajales.
Nós, os abaixo-assinados, militantes do movimento social, organizações de direitos humanos, partidos políticos democráticos, formadores de opinião e criadores intelectuais de diferentes países, recebemos com preocupação a notícia da detenção na Venezuela da advogada de direitos humanos Martha Lía Grajales, membro do coletivo Surgentes (Coletivo de Direitos Humanos). Martha, mãe de um filho adolescente, é uma ativista social chavista, que trabalha com comunidades em diferentes territórios de Caracas, especialmente na paróquia San Agustín.
No dia 5 de agosto de 2025, Martha acompanhou sessenta mães que realizaram uma vigília em frente ao Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, exigindo a revisão dos casos de seus filhos, injustamente acusados de terrorismo após os eventos eleitorais de julho de 2024. Em meio a atividade pacífica, as mães e defensores de direitos humanos foram agredidos por civis que apareceram em motocicletas, portando armas de fogo e objetos contundentes, comportando-se como paramilitares. As mulheres em vigília foram brutalmente atacadas, tendo seus pertences roubados, especialmente seus celulares e cédulas de identidade.
Martha Lía Grajales e outros ativistas de direitos humanos, juntamente com as mães afetadas, participaram, em 8 de agosto, de um ato de solidariedade. Ao final do ato em solidariedade às Mães em Defesa da Verdade, por volta das 16 horas, Martha Lía Grajales, cédula de identidade nº 29.565.914, acompanhada de alguns companheiros presentes na atividade, foi detida em uma barreira da Divisão de Investigações Criminais vinculada à Polícia Nacional Bolivariana. Enquanto explicava à polícia que sua cédula de identidade havia sido roubada na terça-feira, 5 de agosto, nas proximidades do Tribunal Supremo de Justiça, durante a vigília das Mães em Defesa da Verdade, outros veículos conduzidos por supostos policiais chegaram ao local e a levaram.
Martha Lía Grajales foi sequestrada por um grupo de supostos policiais, sem identificação, que a colocaram à força em uma caminhonete cinza sem placas. Esses fatos ocorreram na Avenida Francisco de Miranda, entre as avenidas 1 e 2, em Los Palos Grandes, Caracas. Até o momento, seu paradeiro é desconhecido. Ela vestia uma camiseta branca e calça verde.
Solicitamos que sua integridade física seja protegida, que lhe seja permitido comunicar-se com seus advogados e familiares, e que estes sejam informados sobre o local de sua detenção. Libertação imediata de Martha Lía Grajales.
12 de agosto 2025
Documento e assinaturas :