
No vídeo, uma manifestação de jovens desempregados de Ouargla reivindicando o direito ao trabalho, cujos slogans resumem bem o impasse social das politicas econômicas liberais.
O desemprego crônico e em massa, de jovens e menos jovens, reflete de forma contundente a falência econômica estrutural do regime há várias décadas.
Mesmo aqueles que milagrosamente conseguem encontrar trabalho são reduzidos a empregos precários, mal remunerados e muitas vezes sem segurança social e sem direitos sindicais.
O SNMG, fixado em 20 000 DA há mais de 5 anos, não foi reavaliado. É uma escolha que favorece os patrões privados e as multinacionais estrangeiras em detrimento dos trabalhadores e das trabalhadoras.
O subsídio de desemprego insignificante, seletivo e pontual não corresponde às expectativas legítimas de milhões de jovens desempregados e desempregadas, nem disfarça a amplitude do desespero que corrói a nossa juventude. Em última análise, ela serve apenas para alimentar o discurso político e populista do regime.
A unidade dos trabalhadores e desempregados é mais do que nunca necessária e imperativa para a construção de um grande movimento social que exija emprego para todos e salários que garantam um poder de compra correspondente ao custo de vida e à preservação da dignidade dos argelinos e argelinas. Um grande movimento social para impor as liberdades democráticas e sindicais e para a defesa dos interesses de classe da maioria.
A Argélia e as suas riquezas são propriedade de todo o povo argelino, nomeadamente dos jovens desempregados de Ouargla e de todas as outras regiões do país!
A Argélia não é um bem privado à mercê dos predadores do regime, dos patrões e das multinacionais!
O início do ano social deve ser marcado por uma frente social unida pelo emprego, pelo aumento do SNMG e dos salários e pela defesa do poder de compra!
Uma frente social que não poderia se fortalecer e impor suas reivindicações sociais sem encarnar a luta política pela defesa das liberdades democráticas e sindicais, bem como do direito à greve!
A luta continua!